A adesão do Brasil à Convenção de Budapeste e o enfrentamento do Cibercrime:

entre a Cooperação Internacional e a expansão do Direito Penal

Autores/as

  • Isadora Donza Corrêa UNIFOR
  • João Araújo Monteiro Neto

Palabras clave:

cibercrime, Convenção de Budapeste, Mecanismos de Cooperação Internacional

Resumen

O presente artigo científico tem como objetivo analisar a adesão do Brasil à Convenção de Budapeste, tratado internacional sobre Direito Processual Penal e Direito Penal, que foi desenvolvido como uma resposta à crescente ameaça de crimes cibernéticos, pretendendo à proteção da sociedade contra a criminalidade cometida no ambiente virtual. A Convenção de Budapeste foi promulgada no Brasil em 17 de abril de 2023 através do Decreto nº 11.419. Após fimar o tratado, o Brasil se comprometeu a adotar medidas para combater os crimes cibernético, penalizando infrações relacionadas a computadores e infrações cibernéticas. Para uma melhor compreensão do tema, buscou-se investigá-lo por meio de pesquisa bibliográfica, com o uso de referências teóricas em livros, artigos científicos, teses e monografias. Quanto à utilização dos resultados, a pesquisa é pura, por ter finalidade precípua a ampliação dos conhecimento sobre a temática. A pesquisa classifica-se como descritiva porque busca inicialmente registrar e analisar o tema sem manipulá-lo e explicativa pois aponta as causas que levam à sua adesão. Quanto à abordagem a pesquisa é qualitativa, enfatizando a compreensão e a interpretação do tema. No tocante aos fins, o presente artigo demonstra que a Convenção de Budapeste serve como importante referência para o Brasil no combate aos cibercrimes, incentivando avanços na legislação e na cooperação internacional no combate a essa modalidade criminosa.

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Biografía del autor/a

Isadora Donza Corrêa, UNIFOR

Graduada em Direito pela Universidade de Fortaleza (2023). Estágio na Defensoria Pública do Estado do Ceará 2022.2 - 2023.1 Conhecimento Office: Excel (confecção de relatórios, gráficos, etc), Word (confecção de manuais, instrumentos contratuais, etc), e Power Point (criação de apresentações). Conhecimentos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Colaboradora no Projeto: Ciências de Dados e Inteligência Artificial para Produtividade na Prestação Jurisdicional de 1 e 2 Grau - 2020 - atual. Colaboradora no projeto: Desenvolvimento Piloto de Soluções para a Automação Processual e Uso de Técnicas de Inteligência Artificial no Poder Judiciário. Aluna especial no mestrado em Informática Aplicada na Universidade de Fortaleza (Unifor). Noção básica em programação (Python). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0547412133956929.

João Araújo Monteiro Neto

PhD em Direito pela Universidade de Kent no Reino Unido. Curso de Aperfeiçoamento em Resposta a Incidentes pela Organização dos Estados Americanos em parceria com o Instituto de Ciberseguridade da Espanha (INCIBE) e a Universidade de Leon na Espanha. Ex pesquisador da Universidade de Malta e Voluntário no Mandato do Relator Especial da ONU para o Direito a Privacidade. Professor de Direito Digital, Proteção de Dados Pessoais e Engenharia Jurídica no curso de Direito da Universidade de Fortaleza. Advogado especializado em Proteção de Dados e Privacidade, Presidente da Comissão de Direito Digital da OAB/CE. Certified Information Privacy Professional/Europe (CIPP/E) pela International Association of Privacy Professionals (IAPP) e Privacy Fellow pela Onetrust. Coordenador do Grupo e Estudos de Estudos em Tecnologia, Informação e Sociedade - GETIS e com atividades nas áreas de Direito da Tecnologia da Informação, Governança e Regulação da Internet, Digital Human Rights, Privacidade e Proteção de Dados Pessoais, Inteligência Artificial e Cibersegurança.. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4255484163600547.

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Publicado

2023-12-01

Cómo citar

DONZA CORRÊA, I.; ARAÚJO MONTEIRO NETO, J. A adesão do Brasil à Convenção de Budapeste e o enfrentamento do Cibercrime:: entre a Cooperação Internacional e a expansão do Direito Penal. Revista Eletrônica Direito & TI, [S. l.], v. 1, n. 16, p. 32–60, 2023. Disponível em: https://direitoeti.emnuvens.com.br/direitoeti/article/view/155. Acesso em: 21 nov. 2024.